A coluna Painel da Folha de S. Paulo desta quarta-feira (21) publicou nota sobre o atendimento a estudantes com deficiência na rede regular de ensino fazendo referência ao Plano Nacional de Educação, que tramita no Senado. A informação foi publicada na pílula intitulada “Batata… quente”.
De acordo com o jornal, “Integrantes do governo discutem relatório aprovado em comissão do Senado que determina a universalização do atendimento a estudantes com deficiência na rede regular de ensino”. A nota diz ainda que a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, esteve com o senador José Pimentel (PT-CE), relator do projeto, e reafirmou compromisso da presidenta Dilma em manter decreto que diz que a oferta de educação especial se dará “preferencialmente” na rede regular. Já o Ministério da Educação, acredita que o atendimento deve ser integrado.
A Undime se manifestou em relação a nota publicada e enviou um comentário a seção “Painel do Leitor” da Folha de S. Paulo, assinado pela presidenta, Cleuza Repulho.
“Com relação às notas “Batata Quente” publicadas hoje no Painel da Folha, a Undime, entidade que reúne os gestores responsáveis pela educação pública municipal, manifesta apoio à proposta do Ministério da Educação no que se refere ao texto da Meta 4 do Plano Nacional de Educação. A oferta educacional às crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação deve acontecer na rede regular de ensino. Dessa forma, as entidades assistenciais poderão continuar a cumprir seu papel de oferecer atendimento educacional especializado complementar e suplementar no contraturno.”
Fonte: Undime
As APAES não querem largar o osso. Se constituíram como uma entidade poderosa ao encampar o atendimento segregacionista de pessoas especiais. Em torno disso fizeram uma indústria que rende muita grana e poder para alguns, rendendo mandatos parlamentares e recursos públicos de grosso montante. Isso foi possível porque a própria sociedade era excludente e os governos nem tinha ideia de incluir alguém, a não ser fazer a alegria do capital acumulando-o nas mãos de uns poucos. Agora, quando nos deparamos com governos que realmente querem fazer algo para a inclusão de pessoas, no sentido amplo, as APAES sentem que sua função numa sociedade inclusiva é mera fantasia e começa a espernear. O que está no centro da resistência das APAES é a perda de poder e grana, só isso.